Sistemas construtivos: O que é a alvenaria convencional?

Sistemas construtivos: O que é a alvenaria convencional?

Sistemas construtivos: O que é a alvenaria convencional?

Sistemas construtivos: O que é a alvenaria convencional?

Se você imaginasse como seria construir a sua própria casa, provavelmente estaria se vendo assentando blocos de tijolo, ou concretando uma laje. Isto porque a alvenaria faz parte do sistema construtivo de maior uso no Brasil: alvenaria convencional, ou ainda sistema construtivo convencional.

Estrutura em concreto armado
Figura 1 – Estrutura em concreto armado. Arquivo pessoal.

Para se ter uma ideia, de acordo com o IBGE, 88,6% dos domicílios brasileiros tem as paredes externas de alvenaria/taipa. A liderança desse sistema se dá pela facilidade de aquisição de materiais e pela não exigência de mão de obra muito qualificada. Afinal, é considerada uma construção mais artesanal, e que foi passada de geração para geração.

Ser o sistema mais utilizado não significa dizer que ele é o mais barato. O preço de uma construção em alvenaria convencional depende do projeto arquitetônico, do local a ser construído e do prazo de entrega da obra. Em todos os casos, é possível fazer uma consultoria com a Projeto Estrutural Express e ver qual sistema se encaixa melhor para o edifício que quer construir.

Mas como é feita uma obra no sistema construtivo convencional? Basicamente utilizando tijolos cerâmicos para vedar as laterais dos ambientes, e elementos estruturais como pilar, viga e laje e fundação, geralmente fabricados com concreto armado. Na figura a seguir é possível ver tais elementos.

Projeto Estrutural Casa
Figura 2 – Detalhes gráficos de cada elemento estrutural de um sistema convencional. Arquivo pessoal.

Cada tipo de elemento está indicado por uma cor, elemento (cor), pois possuem propriedades diferentes. Os pilares estão na cor vermelha, as vigas em amarelo, as lajes em verde e as fundações em preto.

Os pilares, também chamados de “colunas”, são elementos estruturais verticais, utilizados para receber diversos esforços, sejam eles verticais, horizontais ou diagonais, além de rotação gerado pelas vigas. Seu dimensionamento é calculado para resistir a compressão e a flambagem, conhecida também como encurvadura da própria peça. Em menor grau, os pilares também resistem à tração.

Já as vigas são elementos estruturais horizontais utilizados para transferir esforços recebidos da laje e alvenaria para os pilares, ou transmitir uma carga estrutural concentrada. Ela auxilia a consolidar toda a estrutura da casa, através do travamento de pilares e fundações. Além disso, contribui para a estabilidade geral da edificação.

As vigas são divididas em três tipos principais:

  1. Viga em balanço;
  2. Viga biapoiada;
  3. Viga Contínua.

Em seguidas temos as lajes. Estes elementos, também horizontais, são responsáveis por receber as cargas dos “vazios da estrutura” e ainda transmitir as cargas para as vigas e pilares. Ou seja, transmitem o peso de pessoas, equipamentos e móveis para as demais estruturas.

Entre as lajes existentes, os principais tipos são:

  1. Laje maciça;
  2. Laje nervurada;
  3. Laje treliçada;
  4. Laje alveolar;
  5. Laje pré-fabricada;
  6. Laje protendida.

Por fim, temos os blocos de fundação, conhecidos também como blocos de coroamento. Eles são uma estrutura que tem a função de receber a carga dos pilares, ou seja, de toda a superestrutura, e distribuí-las para o solo. Dependendo da quantidade de carga e do tipo de solo, os blocos de coroamento precisam distribuir esses esforços para elementos de fundações profundas, como estacas ou tubulões. Por apresentarem uma estrutura desalinhada com as demais, tais blocos ficam sempre enterrados.

A imagem abaixo resume toda a influência de cargas de uma construção de forma simplificada, demonstrando como funciona o sistema de alvenaria convencional de forma geral.

Planta de Cargas
Figura 3 – Distribuição de cargas de um edifício. Reprodução CTEC UFAL.

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Bibliografia Utilizada:

Santos, Lauro Modesto dos; Cálculo de Concreto Armado V. 1 1977

Abbett, Robert W. (1957). American Civil Engineering PracticeIII. New York: John Wiley & Sons. pp. 26–32

IBGE (2020). Características gerais dos domicílios e dos moradores 2019. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf. Acesso em 12 de novembro de 2020.

SCHENEIDER, Nelso. Bloco de Coroamento. Nelso Scheneider. 2019. Disponível em: < https://nelsoschneider.com.br/bloco-de-coroamento/ >. Acesso em: 11 de novembro de 2020.

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